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20 de janeiro de 2016 - Domingos Luiz Machado (1929-2010)

Domingos Luiz Machado, natural de Porangaba, filho de João Luiz Machado (João Neto) e Elisa Dias Siqueira (Elisa Neto), nasceu no ano de 1929.  Fez o curso  primário na terra natal e mudou-se depois para Sorocaba, onde descobriu sua paixão pelo violão. Tornou-se exímio violonista e foi muito atuante nos anos 50 e 60 do século passado. Dedicou-se inteiramente aos estudos e já, como instrumentista, foi convidado pelo músico Roque de Souza para se apresentar na PRD.7 – Rádio Clube de Sorocaba. Seguiu depois para São Paulo, onde estudou guitarra com o professor Cadamo e ingressou na Rádio Piratininga. Mudou-se para Curitiba, onde trabalhou como músico e professor, apresentando-se, também na Rádio Cambará. Em Porto Alegre, apresentou-se na Rádio Gaúcha e tocou com o famoso acordeonista Breno Sawer. Em 1955  retornou a São Paulo  e  trabalhou nas rádios:  Tupi ( fez parte do Regional de Esmeraldino Salles ) e Gazeta,  já como profissional.

 

Em 1966, como integrante de um conjunto musical, fez sua primeira excursão internacional à Europa, tocando em diversos países. Em 1968, integrando o Conjunto “Brasiliana”  de Múcio Askanasky, retornou à Europa, onde permaneceu por três anos. Apresentou-se, ainda, em países da África, Ásia e Oceania. Em 1973, retornou para São Paulo, onde tocou em  orquestras e gravações. Fixou-se, depois, no Rio de Janeiro e fez parte da famosa Orquestra Tabajara, de Severino Araújo.  Arranjador e compositor, é considerado como um dos mais importantes guitarristas brasileiros.  Solteiro, faleceu em Sorocaba no ano de 2010.

 

Curiosidade –  A propósito, de acordo com o ‘site’ Mundo do Violão a história do violão brasileiro, nos conta que: “O primeiro instrumento de cordas que chegou ao Brasil foi a viola de dez cordas, muito popular entre os portugueses. O violão foi trazido depois, pelos jesuítas. Curiosamente, a primeira notícia que se tem sobre esse instrumento musical aconteceu em São Paulo, no século XVII, quando um violão foi vendido por dois mil réis. Um preço exorbitante…! Hoje, a viola passou a se chamar viola caipira por ser um instrumento típico do interior do país e o nome violão passou para o instrumento que era de uso urbano. Com isso, o violão passou a tornar-se o instrumento favorito para o acompanhamento vocal, como no caso das modinhas, na música instrumental, acompanhando a flauta e o cavaquinho, e com isso formando a base de um conjunto de chorinho. O violão por ser um instrumento muito usado na música popular brasileira e pelo povo, passou a ter uma má fama, sendo considerado por muitos como um instrumento de boêmios, presente entre seresteiros, chorões, tornando-se um símbolo de vagabundagem e, carregando consigo este estigma por muitos anos. Em virtude desta discriminação sofrida pelo violão no Brasil e sua associação, os primeiros que tentaram desmistificar esse ranço pejorativo e discriminatório do violão, divulgando-o como um instrumento sério foram considerados verdadeiros heróis. Um dos precursores do violão moderno no Brasil foi Joaquim dos Santos ( Quincas Laranjeira ), o fundador da revista “O Violão” em 1928, considerado o “Pai do violão moderno”, que nos últimos anos de sua vida dedicou-se a ensinar a tocar violão”. (Fonte: “Violão no Brasil” em http://www.mundodoviolao.com.br/historia/historia-do-violao-no-brasil)

 

Foto: “Domingos Luiz Machado, O Domingos”em http://opontodosmusicos.blogspot.com.br/2014/11/domingos.html

 

 

Júlio Manoel Domingues

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