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1 de maio de 2016 - Memória – Acácio Domingues (1919-2016)

“Não há nenhuma dor que se compare à perda de um ente querido. Não há nada que repare o sofrimento de ver alguém que amamos partir. Para quem fica, resta a saudade, a tristeza e a inconformidade. O tempo não irá apagar a dor e a saudade, mas certamente irá apaziguar e amenizar tamanho sofrimento”. ( Fonte: www. omundodasmensagens.com )

 

No dia 20 de abril, à noite chegou a triste notícia: o tio Acácio havia falecido em Porangaba. O impacto foi enorme, a tristeza nos invadiu e num ímpeto voltei no tempo. Lembrei-me da infância, da casa dos queridos avós paternos, dos primos, de tio Chiquinho (o primogênito), das festas de Natal e, principalmente, de tia Geni. Rememorei momentos maravilhosos que não voltam mais. Quantas saudades…!  Tio Acácio estava sempre presente e animava o ambiente. Obrigado tio pelos conselhos e reprimendas;  meu padrinho de “crisma” e de “ casamento.”

 

Encontrava-se adoentado, mas, mesmo assim, mostrava-se confiante em viver pelo privilégio que recebera, pois já estava com quase cem anos de idade. Eternamente grato, era uma honraria que recebera do Criador e sempre agradecia nos seus atos e orações. Confiava na vida, na família, no trabalho, na alegria de  uma vida cristã. Pessoa de elevado caráter, exemplar, sempre foi  modelo para os seus sobrinhos. Filho caçula do casal  Bento Manoel Domingues e de dona Clementina Camerlingo,  teve uma caminhada marcada por muita luta, determinação e responsabilidade. Pai extremoso formou exemplar família na comunidade.

 

Nasceu em Porangaba no dia 06 de julho de 1919. Foi casado com a professora Geni Coimbra Domingues (falecida). Filhos: Clóvis Antônio Domingues (falecido), Paulo Cesar Domingues (falecido) e Vera Lúcia Domingues Machado, esposa do ex-Prefeito Municipal Benedito Machado Neto.

 

Fez os estudos iniciais na terra natal e ainda estudou contabilidade e música, fazendo parte de grupos teatrais e de serestas. Foi escrivão de polícia e taxista por muito tempo. Como católico praticante,  um dos fundadores da Congregação Mariana de Porangaba (1935). Em 1938,  fez parte da Unidade do Tiro de Guerra de Porangaba, sendo, inclusive, convocado para participar da FEB na 2ª. Guerra Mundial, mas dispensado por ser incluído no excesso de contingente. Na parte social destacou-se como  presidente do Clube Recreativo 21 de Abril, membro da diretoria da Corporação Musical “Santo Antônio” e presidente da Corporação Musical “Santa Cecília”( 1973-1975). Foi membro da Diretoria e sócio fundador da Santa Casa de Misericórdia de Porangaba (1957) e vice-presidente do Esporte Clube Porangabense. Pessoa de intensa atividade política, exerceu a vereança municipal por diversas legislaturas e ainda ocupou a presidência da Câmara Municipal de Porangaba. Missão cumprida, com muita resignação, suplicamos  que Deus Pai o acolha e proteja. Descanse em Paz.

 

“O valor de um homem não se dá pelos bens que possui e sim pelo caráter e beleza dos seus ideais.” (Charles Chaplin)

 

Foto: “Acácio Domingues”, acervo pessoal.

 

 

Júlio Manoel Domingues

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