Nasceu em Porangaba, SP, no dia 13/10/1918, filho de Benedito de Almeida Machado e de dona Giúlia Antulini. Iniciou o aprendizado musical com o músico Martinho Olímpio da Silva e, depois, estudou com o saudoso maestro Antônio de Oliveira Pinto (Toninho Cristovão) na Corporação Musical Santo Antônio. Excelente instrumentista, compositor, destacou-se no clarinete. Tocou, também, na Banda Santa Cecília da mesma cidade. Em Botucatu dirigiu a Corporação Musical “Dr. Damião Pinheiro Machado”, no período de 1968/90. Teve dois irmãos músicos: Carlos de Almeida Machado (Carlino Ferreiro) e Nestor Machado. Além de músico, era agricultor. Foi, também, o último maestro da Corporação Musical Santo Antônio. Casado com dona Leontina Martins Machado, de tradicional família porangabense, faleceu em Botucatu no dia 31/01/2003. Deixou filhos e netos.
O maestro Marcelo Afonso, professor do Conservatório Dramático e Musical “ Dr Carlos de Campos” de Tatuí”, ao analisar tecnicamente uma de suas composições – o dobrado restaurado e editorado “Canta Rouxinol”, ponderou: – confesso que é muito bonito e nada fica a dever para o dobrado Destino do Amor”.
“ Algumas vezes nós temos tanto a dizer, mas ficamos enroscados na quantidade de informações ou melhor, neste caso especifico, na emoção. E por este motivo resolvi simplesmente copiar parte do texto existente na obra Botucatu – Notas Musicais – da escritora Maria Amélia Blasi de Toledo Piza, páginas 293 e 294. Ali, encontramos um pequeno relato sobre a vida do maestro André de Almeida Machado, pessoa com a qual eu convivi, quando comecei a estudar música. É bom lembrar que Maestro André de Almeida Machado nada tem a ver com Maestro André Rocha, ambos importantes para a historia musical de nossa cidade, mas que viveram em períodos distintos. André de Almeida Machado era natural de Porangaba, onde iniciou o estudo da arte musical e tocou nas duas bandas locais:- a Banda Santo Antônio e a Corporação Musical Santa Cecília. Estudou harmonia com a orientação de vários maestros que conheceu. Além de maestro e compositor, foi também instrumentista, dominando o clarinete, o saxofone e a requinta. Nos anos de 1954 a 1964, foi regente da Corporação Musical Santo Antônio de Porangaba. A partir de junho de 1968 assumiu a regência da Corporação Musical “Dr. Damião Pinheiro Machado de Botucatu”, sendo contratado pelo Prefeito Municipal da época Sr. Amaral Amando de Barros, para reorganizar a referida corporação que estava parada, permanecendo como maestro até o ano de 1990. Em Botucatu voltou aos estudos de harmonia e composição com o professor e maestro Aécio de Souza Salvador. Durante esse período, suas composições musicais ( dobrados, marchas, valsas, sambas e arranjos diversos) foram bastante apreciadas. Sua retidão e dedicação ao trabalho mantiveram sempre elevado espírito na Corporação Musical “Dr. Damião Pinheiro Machado.”(Fonte: “Maestro André Machado” de Serafim Arruda. Blog Histórias e Sons hospedado em http://eles-elaseamusica.blogspot.com.br/2014/12/maestro-andre-machado-algumas-vezes-nos.html)
Como músico da Banda Santa Cecília, participou de concursos e festivais de bandas e fanfarras, quando a agremiação porangabense obteve o tri-campeonato, considerando os anos de 1964, 1965, 1966, que foi, na história da arte musical de Porangaba, a sua maior glória, o seu maior feito. Naqueles anos, ganhou o primeiro lugar, consecutivamente, e se tornou “Tri-Campeã do Estado de São Paulo”. Foi em 1966, no Concurso Geral das Bandas e Fanfarras levado a efeito pela Rádio Municipalista de Botucatu, na comemoração do aniversário de fundação. Cerca de 45 bandas participaram do último concurso, designado “III Concurso de Bandas e Fanfarras”, que à época ia se tornando um evento aplaudido por todo o Estado de São Paulo, com a participação de 5.000 músicos.
Júlio Manoel Domingues.
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