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22 de fevereiro de 2013 - Professor Renato Angelini

Pessoa  de elevado caráter, íntegro, foi um educador emérito.  É  lembrado por seus ex-alunos como amigo, disciplinador e orientador, pois não lhe faltavam talento e  habilidade. Um homem carismático, sereno e equilibrado. É  a lembrança mais terna que ficou no coração de seus conterrâneos, alunos, amigos e admiradores. Foi o  professor, aqui nascido, que ocupou pela primeira vez a diretoria do  Grupo Escolar “ Capitão Joaquim Francisco de Miranda” de Porangaba.

 

 

Natural de Porangaba, SP, nasceu em 29/10/1918, filho de Luigi Angelini e dona Rosa Cassetari Angelini, italianos de Pieve Fosciana,  Província de Lucca. Fez os estudos iniciais na terra natal, onde  concluiu o curso primário em 1933. Passou para a história da instituição escolar ao fazer parte da 1ª. turma de alunos que concluiu o 4º ano primário na própria cidade. Fez o curso ginasial em Tatuí. Em 1942 formou-se professor primário pela Escola Normal de Agudos, SP. Começou a lecionar, em seguida, como professor substituto. Em 13/03/1946, ingressou no Magistério Publico Oficial do Estado de São Paulo, através de concurso, optando por lecionar no Grupo Escolar de Ribeirão Vermelho do Sul, SP. No ano de 1948, removeu-se para o Grupo Escolar “Capitão Joaquim Francisco de Miranda” de Porangaba, sendo comissionado como diretor-substituto. Em 1952, ao cessar sua designação, voltou a lecionar por mais de uma década. No dia 24/04/1966, faleceu, repentinamente, em sua terra natal, em decorrência de problemas cardíacos; não tinha completado 48 anos de idade. Na época, além do magistério, ocupava a  Presidência da Câmara Municipal de Porangaba. Em sua homenagem, através do Decreto Estadual nº 46.565, de 05/08/1966, sancionado pelo Governador Laudo Natel, o Grupo Escolar de Torre de Pedra passou a se chamar “Professor Renato Angelini”, uma honrosa e merecida consideração. Foi casado com a professora  Ida Miranda Angelini e deixou os filhos: Maria Cristina, Luiz Renato e Carlos Alberto. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Porangaba.

 

 

A Família Angelini,  com participação importante no comércio e nas atividades sócio-culturais do município, faz parte da história  de Porangaba.  O patriarca Luigi Angelini, destacado  comerciante, além do armazém de secos e molhados, armarinhos, etc., onde vendia de tudo, também comprava algodão, cereais, suínos e bovinos para revenda. Supria grande parte da freguesia na zona rural,  financiando o povo da roça para pagamento na colheita. Sempre contou com o apoio dos filhos Agostinho e Aldo, que, depois se tornaram respeitáveis negociantes. No início,  trabalhou também como alfaiate, já que exercera, antes, a profissão em Nova York, nos Estados Unidos, onde morou por 3 anos. Depois de seu casamento, celebrado na Itália, veio para o Brasil, para a Bela Vista de Tatuí, onde a esposa Rosa já havia morado. Formou, então, a grande  família que orgulha a sociedade local. Aqui, nasceram os seus filhos e a maioria dos netos. O clube local, as associações, a paróquia, as igrejas, a biblioteca, o esporte, sempre contaram com o apoio e participação dos Angelini.  Em reconhecimento, os três filhos homens, já falecidos, foram homenageados pela comunidade e emprestam os seus nomes ao: Estádio Municipal “Agostinho Angelini;  Ginásio Estadual “Aldo Angelini”e Grupo Escolar “Professor Renato Angelini” de Torre de Pedra. Pelo prestígio que desfrutavam, foram  eleitos vereadores e ocuparam a Presidência da Câmara. As filhas: Elvira ( já falecida) e Ana Maria (aposentada) exerceram o magistério primário.Dentre os numerosos descendentes, contamos professores, bancários, engenheiros, técnicos, advogados, padre, etc. Uma família católica por excelência, unida e respeitada, construída em bases firmadas nos exemplos de trabalho, responsabilidade e solidariedade do saudoso patriarca. Segundo Lorenzo Angelini, padre italiano e membro da família: “Hoje, Luigi e Rosa estão sepultados no cemitério de Porangaba ao lado de flores tropicais e distantes dos ventos gelados da Itália. Repousam com os filhos, depois de ter dado à sociedade local  uma contribuição que jamais será esquecida”.

 

Júlio Manoel Domingues

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